terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Somos, hoje, o que fomos a cinco anos atrás, ou, seremos no futuro os mesmos de hoje? A pergunta parece simples. Entretanto, nos leva a vários questionamentos, inclusive, um filosófico bem interessante: o que sou eu? Plutarco, pensador antigo grego, escreveu sobre o barco de Theseus. O que seria isto? Theseus fez grandes feitos e para reverência-lo, todos os anos, os gregos usavam seu barco para fazer uma réplica de suas viagens. Entretanto, a cada viagem o barco se desgastava, para evitar o pior, eles trocavam uma peça danificada por uma idêntica nova. Como o passar do tempo, o barco foi todo renovado. Daí, nasce uma dúvida: será que o barco de hoje é o mesmo de Theseus? Podemos ir por dois caminhos. O primeiro é que por ser o mesmo e ter um número de peças iguais. Este seria o mesmo! O segundo caminho é que Theseus nunca havia pisado no barco de hoje. Tenso, não? Assim como nós, vivemos nesta, parafraseando Raul Seixas, eterna metamorfose ambulante. Mas, vamos além… Imagina que exista uma pessoa que pegue todas as peças trocadas do barco de Theseus e construísse um outro idêntico. Então teríamos dois barcos? Será que isto pode ocorrer, também, com a gente? De certa forma sim… Por meio de nosso trabalho, nossa escrita, conduta e modo de agir, outras pessoas podem fazer algo parecido… Talvez assim, mesmo daqui a mil anos, poderemos ser o que somos hoje.


via Ciência do Povo http://ift.tt/1UugElQ

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