sexta-feira, 13 de maio de 2016

Será que é um ato egoísta chorar por alguém que morreu? A pergunta é complexa e intrigante. Temos sentimentos por coisas, animais e por pessoas... Por isto, sentimos falta de um carro roubado, um animal de estimação morto ou emprego perdido. Imagine um ente querido... Ainda mais, quando a pessoa que morre é próxima ou familiar. Mas, a pergunta é: será que é algo egoísta chorar por isto? A visão de vida do povo ocidental, nós, é que depois da vida biológica que conhecemos, não existe mais nada... As religiões monoteístas avançaram bastante no ocidente exatamente aproveitando isso. Quem não queria ter uma segunda vida ou, melhor, eterna? A verdade é que muitos orientais têm uma visão bem diferente da vida e da morte. A ciência e a física, agora, estão, também, ajudando a nós, ocidentais, termos uma visão mais holística sobre vida e, principalmente, morte. Mas, como? Primeiro, temos que entender o que é vida, ou, melhor, o que é vida biológica? Se formos analisar os átomos de nosso corpo, não existe nenhum mais velho que cinco anos. Como? Temos uma renovação diária de pele, líquidos, proteínas, pêlos, células... A cada cinco anos nenhum átomo que está hoje em seu corpo permanecerá no local Estes podem ir pra outras pessoas, outras coisas... Então, vem a pergunta: o que é você e, principalmente, o que é a vida? A resposta é bem simples: energia. Você não chora por alguém que morreu, você chora pela forma que a energia está manifesta. Segundo a física, a energia é infindável, entretanto, transformável e não volta ao estado inicial. Por isto, quando choramos pela morte de alguém, na verdade, estamos chorando por uma forma de energia que somos acostumados. Algo, infelizmente, egoísta da nossa limitada parte e visão de mundo... Paulo Vasconcelos


via Ciência do Povo http://ift.tt/1TKT2HA

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